SÃO PAULO (Reuters) - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), escolhido nesta quinta-feira para substituir Orlando Silva no comando do Ministério do Esporte, assume a pasta com a experiência de quem presidiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entre 2000 e 2001.
No novo posto, o palmeirense Aldo Rebelo terá de negociar junto à Fifa e ao Comitê Organizador Local da Copa, comandado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, detalhes do Mundial de 2014, que será realizado no Brasil, como a Lei Geral da Copa, que tramita em comissão especial da Câmara.
A legislação, que dispõe sobre normas referentes ao Mundial, como preço de ingressos e proteção às marcas de patrocinadores, é alvo de uma queda de braço entre o governo e a Fifa, que quer a suspensão durante o torneio de leis que garantem meia entrada a estudantes e proíbem a venda de bebidas alcoólicas em estádios.
Teixeira, que foi investigado pela CPI da CBF/Nike, presidida por Aldo entre 2000 e 2001, não tem com a presidente Dilma Rousseff o mesmo grau de diálogo que tinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A CPI, destinada a investigar suspeitas de irregularidades em contrato firmado entre a CBF e a fornecedora de material esportivo norte-americana Nike, acabou em junho de 2001 sem a votação de um relatório final, em função do trabalho desenvolvido por parlamentares ligados a dirigentes do futebol, a chamada "bancada da bola".
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