Uma criança recém nascida morreu por causa de um suposto erro nos exames laboratoriais, realizado em Jequié. O pai de Isabela, Antonio Carlos Brito Lima, esteve no Programa Espaço Aberto da Rádio Cidade Sol FM, na manhã de terça feira (11) para denunciar que a sua esposa fez exames laboratoriais para apontar o tipo sanguíneo. O resultado apontou fator RH A+. Quando a pequena Isabela nasceu o médico detectou complicações de saúde e solicitou outro exame em laboratório diferente que apontou fator RH A- da mãe. Já era tarde de mais e a criança morreu.
Os pais registraram queixa na delegacia contra o Laboratório CL, levou o caso ao Ministério Público, colocou advogado para entrar com uma ação judicial e pretende apontar os verdadeiros culpados. “Só Deus sabe a dor que estou sentindo pela morte da minha filha, nos preparamos para receber a minha Isabela, foi tudo planejado. Agora quero justiça para que esse os culpados sejam punidos,” disse o pai emocionado.
Por que é perigoso mãe e filho terem RH diferente?
Segundo o Dr. Antônio Braga, obstetra da Maternidade da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, na verdade, existem alguns tipos de incompatibilidade sanguínea. O principal deles é a incompatibilidade do sistema ABO, quando o sangue da mãe é diferente do sangue do pai, independente do fator Rh. “Nesse caso, não há muito com o que se preocupar. O máximo que acontece é a criança apresentar icterícia, uma cor mais amarelada do que o normal. Pode ser tratado na maternidade com fototerapia ou com exposições moderadas ao sol”, explica o especialista. Em 2% dos casos de incompatibilidade devido aos tipos sanguíneos, ocorrem em tipos não pesquisados normalmente.
A principal preocupação do médico é a incompatibilidade do sistema Rh, que ocorre caso o bebê tenha o Rh positivo herdado do pai e a mãe possua o fator Rh negativo. Como essa incompatibilidade é bem menos freqüente, ela apresenta os casos mais graves de doença hemolítica do recém-nascido ou eristoblastose fetal. Nessa doença, o feto pode falecer na gestação ou após o nascimento. A doença hemolítica pode resultar também em um recém-nascido com anemia profunda, provocando icterícia grave, além de surdez e de paralisia cerebral.
Fonte: Blog Junior Mascote