quinta-feira, 25 de março de 2010
4ª dia de julgamento do casal Nardoni
O quarto dia de julgamento do caso Isabella, no Fórum de Santana, no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, deve começar com os interrogatórios de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. O processo estava previsto para reiniciar às 9 horas desta quinta-feira (25), mas atrasou como nos três primeiros dias. Alexandre e Anna Jatobá são acusados de matar a menina, então com 5 anos, no dia 29 de março de 2008. Ainda não foi definido quem falará primeiro.
O promotor da acusação, Francisco Cembranelli, disse não esperar novidades do interrogatório dos réus. Para Cembranelli, o casal deve repetir o que já disse à Justiça em depoimento.
Alexandre e Anna Carolina, que passaram a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros e na Penitenciária Feminina, no Carandiru, chegaram ao fórum por volta das 8h35. Como vem acontecendo nos outros dias, os veículos entraram pela lateral do prédio, na entrada da base da Polícia Militar (PM).
Julgamento
Na quarta-feira depôs a perita Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo. Rosângela foi questionada com insistência pelo advogado de defesa dos réus, Roberto Podval, sobre a consistência dos indícios colhidos no local do crime. Ela afirmou que o homem que serviu de modelo para que o IC fizesse o teste para a perícia do caso era muito parecido fisicamente com Alexandre Nardoni.
Rosângela reiterou à defesa que o local do crime foi preservado pela Polícia Militar (PM), que os testes periciais foram feitos com rigor e que havia sangue de Isabella na cadeirinha de bebê do carro de Alexandre Nardoni.
Defesa e acareação
Ao deixar o Fórum de Santana nesta quarta, o advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, justificou a dispensa de nove testemunhas. "A demora (do julgamento) é ruim para a defesa", afirmou. Para o advogado, existe inconsistência na dinâmica do crime apresentada pela perícia. Podval diz não ter ficado satisfeito com a explicação da perita Rosângela Monteiro sobre as marcas de poeira na camiseta de Alexandre. "Ele (Alexandre) pode ter muito bem apenas olhado pela janela", afirmou.
Também nesta quarta-feira o Tribunal Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que os advogados de defesa do casal pediram uma acareação entre a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, e os réus.
Ana Oliveira é testemunha do caso, prestou depoimento na segunda-feira e está retida no Fórum de Santana por pedido da defesa. O pedido de acareação será analisado pelo juiz Maurício Fossen, que preside o júri.
Podval disse ainda que só decidirá se insistirá no pedido de acareação entre os réus e Ana Oliveira após o interrogatório de Alexandre e Anna Carolina Jatobá. "Tenho interesse em fazer a acareação, mas depende do conteúdo dos interrogatórios", disse o advogado. "Tenho receio de ser cerceado durante a acareação, com o juiz indeferindo alguns pedidos da defesa", afirmou. O promotor Cembrabelli afirmou não temer uma eventual acareação entre os réus e a mãe de Isabella.
A menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi estrangulada e jogada do 6º andar do Edifício London, onde moravam o pai e a madrasta, Alexandre e Anna Carolina. Os dois são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Eles alegam inocência.
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