O Serviço Social surge como profissão atrelada à ideologia dominante e à doutrina social da Igreja Católica como resposta ao acirramento das contradições capitalistas em sua fase monopolista para o controle da classe trabalhadora e a legitimação dos setores dominantes e do Estado. Este artigo busca reconstruir a trajetória do Serviço Social e sua ética profissional, cujo marco foi a consolidação do Código de Ética de 1993 que, fruto de um fértil e democrático debate da categoria, instituiu como valor central a liberdade, sinalizando, por seus princípios para uma direção social que busca a construção de uma nova ordem social. Para tanto, exige-se uma atuação crítica e competência teórica dos assistentes sociais de modo que possam desmistificar o cotidiano e suas relações reificadas pela sociedade capitalista, buscando, através da reflexão ética, construir estratégias que superem os limites impostos à cidadania, tendo como objetivos a justiça social e a democracia; contudo, vale destacar a importância da interlocução deste Código com os demais mecanismos e instrumentos legais instituídos na e pela sociedade para maior abrangência e efetividade do mesmo.
Ana Paula Rocha Miranda1
Patrícia Barreto Cavalcanti2
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